Russ Manning nasceu na Califórnia, no ano de 1929. Foi para a escola de Arte em Los Angeles e Nova Iorque. Em 1950 foi para a guerra de Coréia, mas se livrou do campo de batalha por suas habilidades na prancheta. No período que durou seu alistamento passou ilustrando manuais e cartazes do exército americano.
Já desmobilizado, em 1952, começou a trabalhar com a Western Publishing que editava livros de Tarzan para a Dell. Começou trabalhando na série Irmãos de Lança, que desenhou de dezembro de 1952 a outubro de 1966. Era um desenhista rápido e confiante. Isto lhe permitiu, ao longo da sua carreira, trabalhar em vários títulos sem perder a qualidade. Em 1954 começou a trabalhar na revista Tarzan e em 1964 desenhou a história Korak, o filho de Tarzan. Enquanto isso, nas horas vagas, emprestou seu traço sóbrio e elegante a séries como 77 Sunset Street e Meu Marciano Favorito.
Em 1963 a Western Publishing resolveu lançar uma série nova de ficção científica em quadrinhos. O melhor desenhista da casa ficou com a responsabilidade de tomar conta dela. A história se chamava Magnus Robot Fighter.
O primeiro número de Magnus Robot Fighter trazia já a estrutura geral do que a série viria a ser. Num futuro distante, no ano 4000, a humanidade teria se acostumado à boa vida enquanto as máquinas trabalhavam. Neste mundo de tecnologia avançada, problemas como fome e doença estariam totalmente resolvidos. O único perigo viria das máquinas que tentariam dominar a raça humana, indolente e preguiçosa. Era então que surgia Magnus, forte e corajoso, a antítese do que a humanidade se tornara. Criado por um robô, Magnus era treinado física e mentalmente para defender a humanidade.
A revista foi um sucesso de vendas e a qualidade do trabalho agradava aos leitores. Manning caprichava no visual, prestando especial atenção aos robôs. Em determinados momentos, Magnus chegou a vender mais revistas que Super-Homem.
A revista de Magnus era desenhada por Manning no tempo que sobrava de seu trabalho com Tarzan. Mesmo assim, a qualidade era inegável. Em 1967 Manning passou a desenhar as tiras diárias de Tarzan e no ano seguinte ficou com as páginas dominicais, após a saída de Jesse Marsh. Com o acúmulo de trabalho, Manning acabou deixando Magnus para outros artistas. Houve outras edições, mas Magnus, sem Russ Manning, não era a mesma coisa. No início dos anos 70, a revista só publicava histórias antigas de Manning. Parou definitivamente em 1977.
Em Tarzan, Manning tentou resgatar alguns elementos da interpretação que Hogarth fizera do Homem-Macaco, sem o preciosismo afetado daquele. Tinha liberdade criativa para fazer o que quiser com o personagem, inclusive escrever histórias novas. Com o passar dos anos e a experiência adquirida em Magnus Robot Fighter, Manning tinha se convertido num roteirista de mão cheia. As histórias desse período passaram a ter uma duração de até oito meses quando a média delas costumava ser entre 8-12 semanas. Era um privilegio que nenhum outro artista teve antes ou depois dele.
O traço leve, domínio anatômico, de luz e sombra e a composição dinâmica garantiram a Russ Manning um lugar de honra, ao lado de Hogarth e Foster, entre os melhores desenhistas de Tarzan. Em 1972, Manning passou a tomar conta unicamente das pranchas dominicais.
Em 1979, com o sucesso de STAR WAR - que recuperara o gênero ficção-científica - a LUCAS Film decidiu lançar tiras e páginas dominicais da série. Primeiro pensou-se em Al Williamson, mas este tinha outros compromissos. A escolha recaiu em Russ Manning, que passou a escrever e desenhar as histórias. Com Tarzan, Manning tinha todas as liberdades que em STAR WAR lhe estavam negadas. Não podia mexer com os personagens nem fazer histórias compridas - sua especialidade. Para evitar problemas acabou deixando os roteiros em outras mãos.
Em julho de 1980, Manning parou de desenhar STAR WAR. Sua saúde já estava abalada por causa do câncer. Morreu em 1982, aos 52 anos.
Fonte do texto:
Mario Latino, do site GrapHiQ
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