sexta-feira, 27 de abril de 2007

FLAVIO COLIN



Flavio Colin faleceu em 13 de agosto de 2002



Flávio colin - Brasil
Flavio Barbosa Mavignier Colin nasceu em 22 de junho de 1930, no Rio de Janeiro. Começou a trabalhar em 1956, no Rio Gráfica e Editora. Desenhou algumas histórias para uma revista didática chamada "Enciclopédia", e fez ilustrações para os casos verídicos da revista X-9. Em 1959, a Rio Gráfica resolveu lançar uma versão em quadrinhos do seriado radiofônico O Anjo, que alcançava grande popularidade, e Colin foi o artista convidado para desenhar a série. Foi, talvez, o trabalho que lhe deu mais popularidade, e também o de maior continuidade. Colin desenhou O Anjo até o nº 43, quando foi substituído por Juarez Odilon e Walmir.

Colin desenhou também muitas histórias de terror para a editora Outubro, no início da década de 60, além de alguns números com a quadrinização do primeiro seriado de TV produzido no Brasil, O Vigilante Rodoviário.

O artista participou do movimento pela nacionalização dos quadrinhos e, por esse motivo, foi boicotado pela maioria das editoras. Para a CETPA, no Rio Grande do Sul, desenhou uma série autenticamente brasileira: Sepé Tiarajú (onde narrava as aventuras de um índio que defendia os pampas brasileiros dos conquista­dores espanhóis) (1960).

Em 1964, o jornal Folha de São Paulo ampliou sua seção de quadrinhos e, no lugar das cinco ou seis tiras habituais, passou a sair uma página inteira, com quase vinte histórias. A maioria delas eram americanas, mas abriu-se o espaço para desenhistas nacionais. Através da distribuidora de tiras de Mauricio de Sousa, Colin começou a publicar um de seus mais elogiados trabalhos: Vizunga, que durou dois anos, o personagem era um caçador que contava suas aventuras. Quando a cena se passava no presente, o estilo era clássico; quando fazia parte da narração, o traço era caricatural. A série Vizunga foi re-puplicada por Ota Barros no gibi Eureka.

Em 1966, deixou os quadrinhos e foi trabalhar com publicidade, a qual só abandonou em 1977. Nesse ano voltou às HQs, através da Grafipar, criando histórias eróticas, de aventura, ficção e de suspense. Nos anos oitenta Colin produziu para as revistas Spektro (Ed. Vecchi), Inter (Ed. Internacional), Mestres do Terror e Calafrio (Ed. D-Arte), e ainda em Mundo do Terror, da editora Press. Além de álbuns e edições especiais, como A História de Curitiba, A Guerra dos Farrapos, O Continente do Rio Grande, Mulher Diaba no Rastro de Lampião (1994 em parceria com o roteirista Ataíde Braz) e O Boi das Aspas de Ouro.

Flavio Colin tem desenvolvido, durante todos esses anos, um grafismo perfeito, rostos e corpos são definidos com poucas linhas, mas sempre com expressão dramática e movimentação dinâmica, num traço incomum e belo. Sua inquietação e arte continuam em alta, como pode ser visto na quadrinização da fatídica viagem do inglês Fawcett, publicada pela editora Nona Arte.


Fonte:Gibindex

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