Entrevista com Wilson Vieira: Único desenhista
brasileiro a ilustrar Diabolik, personagem com
mais de 50 anos de vida editorial.
Entrevista realizada por Eduardo Baranowski.
Wilson Vieira foi o único brasileiro a trabalhar
com O Rei do Terror, ilustrando dois episódios. O primeiro
episódio foi publicado em outubro de 1976, era corrente o
ano XV da publicação de Diabolik, número 22 daquele ano
. O segundo foi publicado no número 3 do ano XVI,
nas duas publicações seus desenhos foram arte-finalizados
por Brenno Fiumali e Franco Paludetti. Abaixo podemos ver as
capas das edições desenhadas e a entrevista concedida por Wilson Vieira.
com O Rei do Terror, ilustrando dois episódios. O primeiro
episódio foi publicado em outubro de 1976, era corrente o
ano XV da publicação de Diabolik, número 22 daquele ano
. O segundo foi publicado no número 3 do ano XVI,
nas duas publicações seus desenhos foram arte-finalizados
por Brenno Fiumali e Franco Paludetti. Abaixo podemos ver as
capas das edições desenhadas e a entrevista concedida por Wilson Vieira.
1 – Primeiramente agradeço em nome do Blog por nos
conceder esta entrevista. Wilson, para iniciar nos conte
sobre você, onde nasceu, quando começou a ter interesse
e quando começou a trabalhar com quadrinhos?
conceder esta entrevista. Wilson, para iniciar nos conte
sobre você, onde nasceu, quando começou a ter interesse
e quando começou a trabalhar com quadrinhos?
R= Sou eu quem agradeço, caro Eduardo, a você e ao
Blog mencionado, por esta entrevista. Bem, nasci
em 1949 aqui mesmo em São Paulo (Capital) e desde
minha adolescência sempre gostei do que chamavam
na época de gibis, lia sempre: O Cavaleiro Negro,
O Cavaleiro Fantasma e outros. Porém nunca pensei que
fosse me tornar justamente um Desenhista/Ilustrador de HQs.
Blog mencionado, por esta entrevista. Bem, nasci
em 1949 aqui mesmo em São Paulo (Capital) e desde
minha adolescência sempre gostei do que chamavam
na época de gibis, lia sempre: O Cavaleiro Negro,
O Cavaleiro Fantasma e outros. Porém nunca pensei que
fosse me tornar justamente um Desenhista/Ilustrador de HQs.
2 – Quais os autores que mais o impressionaram e lhe
serviram de inspiração?
serviram de inspiração?
R=Bem no início eram os autores desses personagens,
depois com o passar do tempo, fiquei impressionado
com inúmeros desenhistas tais como Joe Kubert, Victor
de la Fuente, Sergio Toppi, Dino Battaglia e muitos
outros por este mundo afora. Mas o Mestre realmente
que me inspirou para desenhar e Ilustrar foi
Michelangelo ou Miguel Ângelo se preferir; o grande
pintor, escultor, arquiteto e poeta Italiano.
depois com o passar do tempo, fiquei impressionado
com inúmeros desenhistas tais como Joe Kubert, Victor
de la Fuente, Sergio Toppi, Dino Battaglia e muitos
outros por este mundo afora. Mas o Mestre realmente
que me inspirou para desenhar e Ilustrar foi
Michelangelo ou Miguel Ângelo se preferir; o grande
pintor, escultor, arquiteto e poeta Italiano.
3 – Quais suas experiência profissionais ao longo de
sua carreira?
sua carreira?
R= Bem, vamos lá: Na Itália de 1973 a 1980 exerci a
função de desenhista e ilustrador, para editoras europeias.
No Brasil de 1980 até hoje exerço a função de roteirista,
ensaísta, escritor, historiador e tradutor.
função de desenhista e ilustrador, para editoras europeias.
No Brasil de 1980 até hoje exerço a função de roteirista,
ensaísta, escritor, historiador e tradutor.
4 – Como começou a ligação com a Itália e seu trabalho
com o estúdio Staff di If?
com o estúdio Staff di If?
R= Inicialmente fui para a Itália, somente para terminar
meus estudos, acabei conhecendo felizmente o editor e
responsável pelo estúdio Staff di IF, o meu também amigo
Gianni Bono. Lá ele acreditou em meus traços e passei
de simples amador para um profissional da arte desenhada
italiana, nos sete anos que lá estive, como um de seus
colaboradores.
meus estudos, acabei conhecendo felizmente o editor e
responsável pelo estúdio Staff di IF, o meu também amigo
Gianni Bono. Lá ele acreditou em meus traços e passei
de simples amador para um profissional da arte desenhada
italiana, nos sete anos que lá estive, como um de seus
colaboradores.
5 – E com a Bonelli?
R= Já como profissional o Gianni solicitou-me duas
pranchas de prova para o personagem Il Piccolo
Ranger (O Pequeno Ranger), que foram aprovadas e
acabei desenhando três episódios, para o personagem
que na época era um dos líderes de venda ao lado do
Tex. Fui o único desenhista brasileiro a desenhar o
personagem citado.
pranchas de prova para o personagem Il Piccolo
Ranger (O Pequeno Ranger), que foram aprovadas e
acabei desenhando três episódios, para o personagem
que na época era um dos líderes de venda ao lado do
Tex. Fui o único desenhista brasileiro a desenhar o
personagem citado.
6 – Qual o motivo de abandonar os desenhos e se
dedicar aos roteiros?
dedicar aos roteiros?
R= Voltei para o Brasil em 1980, após ter colaborado
com a Bonelli Editore e comecei interessar-me mais
pelas vidas dos personagens, pesquisando a fundo
suas histórias pessoais daí para passar dos desenhos
para os roteiros foi bem rápido e sem traumas (risos).
Claro que também influiu a falta de tempo para exercer
as duas funções.
com a Bonelli Editore e comecei interessar-me mais
pelas vidas dos personagens, pesquisando a fundo
suas histórias pessoais daí para passar dos desenhos
para os roteiros foi bem rápido e sem traumas (risos).
Claro que também influiu a falta de tempo para exercer
as duas funções.
7 – Como foi sua experiência com Diabolik, o que
achou da mesma?
achou da mesma?
R= Sensacional. Realmente gostei muito pois Diabolik
é um personagem único, cujos roteiros foram enviados
pelas irmãs Giussani, com as quais aprendi muito na
feitura de meus próprios roteiros, pois elas eram
altamente detalhistas e exigentes, o que sou também
e sempre dialogando com os desenhistas em plena
simbiose artística. E por serem assim exigentes,
foi realmente um trabalho árduo, mas altamente
compensador em termos autorais, sem contar com
os ótimos arte-finalistas italianos, para a realização
vencedora dos episódios. Desenhei dois números
completos e sou até hoje o único desenhista
brasileiro a ter esse privilégio, ilustrando esse
personagem ícone dos “fumetti” (Quadrinhos) Italianos.
é um personagem único, cujos roteiros foram enviados
pelas irmãs Giussani, com as quais aprendi muito na
feitura de meus próprios roteiros, pois elas eram
altamente detalhistas e exigentes, o que sou também
e sempre dialogando com os desenhistas em plena
simbiose artística. E por serem assim exigentes,
foi realmente um trabalho árduo, mas altamente
compensador em termos autorais, sem contar com
os ótimos arte-finalistas italianos, para a realização
vencedora dos episódios. Desenhei dois números
completos e sou até hoje o único desenhista
brasileiro a ter esse privilégio, ilustrando esse
personagem ícone dos “fumetti” (Quadrinhos) Italianos.
8– Além dos quadrinhos, o que você acompanha?
R= Gosto de ler, assistir televisão (filmes de ação e
terror) e pesquisar a fundo o que pretendo escrever.
terror) e pesquisar a fundo o que pretendo escrever.
9 – Quais seus projetos atuais?
R= Continuo escrevendo argumentos e roteiros, os
quais, muitos deles já foram e são publicados aqui
no Brasil, Argentina, França, Itália e Portugal; desenhados
por ótimos desenhistas nacionais e italianos. Já escrevi
para o site Tex Willer Blog, de Portugal, em verbetes,
o Alfabeto do Velho Oeste e atualmente estou escrevendo
ensaios para o site Italiano Dime Web, onde estou
narrando a História do Oeste e estou aguardando também
de um editor brasileiro a aprovação (já estão com ele, os
três primeiros) de uma série de livros; 16 no total dessa saga.
quais, muitos deles já foram e são publicados aqui
no Brasil, Argentina, França, Itália e Portugal; desenhados
por ótimos desenhistas nacionais e italianos. Já escrevi
para o site Tex Willer Blog, de Portugal, em verbetes,
o Alfabeto do Velho Oeste e atualmente estou escrevendo
ensaios para o site Italiano Dime Web, onde estou
narrando a História do Oeste e estou aguardando também
de um editor brasileiro a aprovação (já estão com ele, os
três primeiros) de uma série de livros; 16 no total dessa saga.
10 – Como vê o futuro da Hq nacional? E a italiana?
R= Bem, a HQB o futuro será ainda a impressa e a
digital; apesar do pouco espaço para tais publicações
e com tantos ótimos roteiristas e desenhistas nacionais,
infelizmente. A HQ Italiana está trilhando o mesmo
caminho; só que lá existem centenas de editoras dispostas
a suprir as solicitações dos leitores. Obrigado caro
Eduardo e o espaço cedido do Blog, para esse gostoso,
bate papo.
digital; apesar do pouco espaço para tais publicações
e com tantos ótimos roteiristas e desenhistas nacionais,
infelizmente. A HQ Italiana está trilhando o mesmo
caminho; só que lá existem centenas de editoras dispostas
a suprir as solicitações dos leitores. Obrigado caro
Eduardo e o espaço cedido do Blog, para esse gostoso,
bate papo.
-Agradeço novamente a você, Wilson Vieira, por nos
brindar com esta entrevista.
brindar com esta entrevista.
Entrevista realizada por Eduardo Baranowski.