PRIMAGGIO MANTOVI
PUBLICA O ALMANAQUE
ROCKY LANE
DE SUA AUTORIA
Primaggio, nasceu na Itália em janeiro de 1945 e começou a desenhar com, aproximadamente, seis anos apenas para imitar o irmão mais velho. Desde então, ele nunca mais parou.
Em 1954, quando estava com nove anos, mudou-se para o Brasil (Rio de Janeiro).
Em 1964, depois de um rápido curso de propaganda, (no Instituto Técnico Oberg - RJ) começou, na Rio Gráfica e Editora,
retocando histórias em quadrinhos estrangeiras (como quase todo o
desenhista de quadrinhos), além de ilustrar alguns anúncios e contos de
faroeste
Curiosamente, sua estréia nos quadrinhos se deu com um de seus ídolos de infância, Rocky Lane,
um cowboy do cinema americano dos anos 40/50. De dezembro de 65 a
janeiro de 68, Primaggio escreveu e desenhou oito histórias do cowboy
Durante
esse período, era responsável, também, pela maioria das capas das
publicações de quadrinhos da editora, produzindo cerca de 200, do
lay-out às cores. Paralelamente, produziu também algumas capas de
terror para a Editora Taika de São Paulo e outras para a coleção de livros policiais, Enigma.
Ainda na Rio Gráfica, fez algumas ilustrações para as revistas Meia-Noite e Contos de Amor, mas sua grande chance veio por meio do Recruta Zero:
devido a falta de material americano, a editora precisava de alguém
que escrevesse e desenhasse as histórias do Recruta. Primaggio acabou
assumindo a incumbência, passando, a partir de então, a trabalhar
também com roteiros e desenhos humorísticos.
De novembro de 68 a janeiro de 71, o autor escreveu, desenhou e coloriu cerca de 50 histórias do Recruta Zero, algumas do Zé, o Soldado Raso, (o mesmo personagem com outro nome) para a Editora Saber S/A., de São Paulo.
Em 1970, depois de escrever e desenhar algumas histórias de Topo Gigio,
passou à chefia do Departamento de Arte da Rio Gráfica e Editora. No
mesmo ano, a editora promoveria um concurso interno para a criação de
um personagem e o vencedor seria lançado em revista própria.
Primaggio vinha desenvolvendo, há algum tempo, um palhaço de nome Sacarrolha,
inspirado na sua admiração pelo alegre e descontraído ambiente do
circo, um tema universal, que vinha de encontro à sua convicção de que:
"criar um personagem regional significa limitá-lo já no seu
nascimento".
Sacarrolha acabou ganhando o concurso além de um contrato de três anos de publicação na Editora. O primeiro número da Revista Sacarrolha foi para as bancas em janeiro de 1972, com uma tiragem de 160.000 exemplares, atingindo uma venda de 130.000.
Em
meados de 1972 (logo após ter saído da Rio Gráfica), Primaggio
desenvolveu (ainda para a empresa), os desenhos dos personagens do
projeto Chacrinha em Quadrinhos. Mas, com a transferência do animador da TV Globo para a extinta TV Tupi, acabou cancelado.
No início de 1973, Primaggio foi convidado para trabalhar na Editora Abril, com a qual já colaborava há alguns meses, escrevendo e desenhando histórias em quadrinhos com os personagens de Walt Disney, seu maior inspirador.
Mudou-se então para São Paulo assumindo, na Editora Abril, o cargo de Coordenador do Centro de Criação. Sua tarefa era cuidar da Escolinha Disney (destinada a desenvolver novos talentos), sem, no entanto, deixar de criar histórias em quadrinhos com os personagens de Walt Disney e outros como:
A Pantera cor-de-rosa, Os Herculóides e Zan. Paralelamente, continuou produzindo a Revista Sacarrolha, ainda vinculada a Rio Gráfica por contrato. Ainda em 1973, criou as personagens Cafuné e Acácio, para a revista Crás.Em
1976, passou a coordenar o Setor de Revistas Nacionais da Editora
Abril (responsável por Mônica, Cebolinha, Pelezinho, Cacá e Sua Turma e
Gabola) e criou O Veterinário, (mais um personagem universal) para utilização exclusiva em tiras de jornal, publicado então, em cerca de 20 periódicos.
Em
1976, passou a coordenar o Setor de Revistas Nacionais da Editora Abril
(responsável por Mônica, Cebolinha, Pelezinho, Cacá e Sua Turma e
Gabola) e criou
O Veterinário, (mais um personagem universal) para utilização exclusiva em tiras de jornal, publicado então, em cerca de 20 periódicos.
No mesmo ano, o contrato do
Sacarrolha com a
Rio Gráfica terminou (após 36 edições) e Primaggio lançou o personagem na revista
Diversões Juvenis da Editora Abril. Mas, como a periodicidade do
Sacarrolha, na
Abril, era quadrimestral, não durou mais do que um ano (quatro edições).
Em 1978, Primaggio escreveu algumas sátiras em quadrinhos para a revista
Pancada, também da
Editora Abril.
Em
janeiro de 1979, o autor foi incumbido de montar (sempre na Editora
Abril), o Estúdio de Quadrinhos Disney, um departamento destinado a
organizar e produzir modelos de personagens e manuais para auxiliar o
trabalho dos desenhistas e roteiristas, além de desenvolver novos
talentos e também, controlar a qualidade das histórias Disney
produzidas no Brasil.
Em 1980, no intuito de lançar o Sacarrolha no campo de merchandising, Primaggio fundou a
Pejota Produções Artísticas.
Em
outubro de 1983, depois de ter o seu personagem estampado em dezenas
de produtos, voltou ao segmento editorial com a revista de atividades
infantis
Diversões do Sacarrolha, lançada pela
Editora D-Arte
de Rodolfo Zalla (com quem Primaggio trabalhara, como roteirista, em
histórias do Zorro). Diversões esteve, mensalmente, nas bancas, de 1983
a 1985, totalizando 13 edições.
Em 1984, o Estúdio de Quadrinhos
deixou de cuidar apenas dos personagens de Walt Disney, acumulando à
produção, histórias de personagens como:
Luluzinha,
Moranguinho, He-Man, Alegria, etc. Naquela época, Primaggio era
responsável de uma produção de, aproximadamente, 300 páginas mensais.
Em 1985, o autor criou o personagem Dr. Sarakura para o house organ, Vida Médica
Em 1986, lançou pela
Editora Noblet, a revista de atividades e quadrinhos,
Diversões do Gran Circo Kabum, reunindo os personagens
Sacarrolha e O
Veterinário.
Em 1988, sempre na
Editora Abril (agora
Editora Abril Jovem),
Primaggio passou à direção da Redação de Revistas Infantis, sem os
personagens de Walt Disney. A partir de então, passou a criar e
desenvolver histórias em quadrinhos com Os Trapalhões, Sérgio
Mallandro, Gugu, He-Man, Luluzinha, entre outros.
Paralelamente, publicou, na revista
Zooneland, da Holanda, seu personagem O Veterinário, já batizado de
Dr. Zôo.
Após participar do
Congresso de Lucca (Itália, 1990), Primaggio uma breve colaboração, como roteirista, com a
Walt Disney Company Italiana.
Em
1990, o autor passou a ministrar cursos, palestras e workshops, sobre
criação de roteiros e personagens, técnicas e processamento de
histórias e revistas em quadrinhos.
Em 1990 e 1991, a revista
Os Trapalhões, produzida na redação de Primaggio, ganhou o prêmio
HQ Mix de Melhor Revista Infantil. Em 1991, essa mesma redação, produziu
Didi Volta para o Futuro, a primeira
Graphic Novel Infantil
totalmente nacional. No ano seguinte, Didi Volta, foi premiada em
todas as categorias da área de quadrinhos, totalizando sete
"estatuetas".
Em fevereiro de 1992, Primaggio participou do
II Encuentro Iberoamericano de Historietas, em Havana, Cuba, publicando, posteriormente, o Dr. Zôo, naquele país.
No final do mesmo ano, o autor voltou a participar do
Congresso de Lucca, na Itália.
Em agosto de 1993, Primaggio retornou à Redação Disney, como Diretor de Redação.
Em 1994, planejou a edição comemorativa 60 Anos do Pato Donald que receberia o prêmio
HQ Mix,
na categoria Melhor Lançamento. Ainda em 1994, Primaggio passou a
cuidar, também, de outras publicações de quadrinhos infantis como:
Pica-Pau, TV Colosso e Senninha.
Em Setembro de 1995, Primaggio foi
aos Estados Unidos e conseguiu uma autorização, dos Estúdios Disney,
para produzir no Brasil, histórias em quadrinhos com os personagens dos
novos Clássicos de Animação, como: O Corcunda de Notre Dame e Hércules.
Em
1996, a redação dirigida por Primaggio, lançou os personagens
japoneses, Sailor Moon e Dragon Ball. Sailor Moon, receberia o prêmio
HQ Mix de Melhor Lançamento do Ano.
Em 1997, Primaggio participou, na
França, de um encontro com os produtores Disney do mundo todo. Como
resultado, a Abril Jovem, firmou um contrato com a Dinamarca, para
produzir, no Brasil, histórias em quadrinhos Disney, para uso naquele
país.
Em
Setembro de 1997, a crise das revistas em quadrinhos, no Brasil,
chegou a seu ápice. Com isso, a Editora Abril Jovem, entrou em
contenção de despesas e demitiu Primaggio e, praticamente, toda a
equipe de criação do grupo.
Em outubro deste mesmo ano, Primaggio reuniu uma equipe para trabalhar com ele na Primaggio Grupo de Arte, começando uma breve produção de histórias em quadrinhos para a Disney Italy.
Em janeiro de 1998, a Abril Jovem convida Primaggio para desenhar as HQs baseadas no novo Clássico Disney, Mulan. O material produzido pela Primaggio Grupo de Arte, seria utilizado, posteriormente, na promoção Mc lanche Feliz, do grupo Mc Donald... curiosamente, sem os créditos do produtor.
Em janeiro de 1999, ainda para a Abril Jovem, o grupo desenhou as HQs, baseadas no novo clássico de Disney, Tarzan, assim como, uma série de histórias em quadrinhos com o personagem Zé Carioca.
Ainda no primeiro semestre, a Tomcor, empresa detentora dos direitos do Xaropinho, (aquele personagem do Programa do Ratinho), contratou a Primaggio Grupo de Arte para transformar o Xaropinho em personagem de histórias em quadrinhos, atividades, merchandising e filmes animados.
Paralelamente, Primaggio passou a cuidar das revistas infantis da, hoje extinta, Fractal Edições, incluindo títulos como: Rugrats, os Anjinhos e Eu Gosto de Ler Batman e Super-Homem.
Em seguida, o grupo passou a ilustrar algumas revistas evangélicas da Editora Cultura Cristã. Dentre os vários projetos que o grupo desenvolveu, destacaram-se: produção de histórias em quadrinhos do Garfield, para os EUA; adaptação dos Mamíferos (aqueles
filhotes de animais da Parmalat) para uso em histórias em quadrinhos,
atividades e merchandising e produção de capas de CD para a CID Entertainment Ltda., do Rio de Janeiro.
Em
meados de 2000, Primaggio, pessoalmente, voltou a produzir para a
Abril Jovem (novamente Editora Abril), alguns roteiros para HQs Disney e
também para A Turma do Parque, com os personagens do Parque do Gugu, criados pelo desenhista Moacir Rodrigues.
Em março de 2001, o grupo ilustrou livros didáticos para a Editora Lago, de Curitiba, e Primaggio desenvolveu, junto com a HGN (estúdio do animador, Haroldo Guimarães Neto), o universo de personagens do Projeto Tamar, para uso em quadrinhos e tiras de jornal.
Em meados do mesmo ano, Primaggio fechou contrato com a Via Lettera, para publicação de Luciano, um álbum em quadrinhos, com roteiro de Primaggio e desenhos de Fernando Bonini.
Em setembro do mesmo ano, o autor passou a traduzir (para a Editora Abril) as HQs italianas das revistas Disney e Witch e, paralelamente, começou a escrever o livro "100 Anos de Western", a ser lançado em 2003, ano do centenário do gênero. Em Outubro, a Primaggio Grupo de Arte, produz para Franco Associados, a primeira edição de atividades do novo Sítio do Pica-pau Amarelo, da Editora Globo.
Logo após esse trabalho, o Grupo de Arte se dissolveu e Primaggio voltou à sua carreira "solo".
Em
2003, Primaggio continuou fazendo traduções para as histórias em
quadrinhos italianas da Editora Abril e também para álbuns e tiras da Ópera Graphica Editora.
Paralelamente, voltou a colaborar com a HGN, ora criando Story Board
para o Projeto Tamar, ora escrevendo roteiros para comerciais.
Durante os meses de abril, maio e junho, ministrou, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, o curso "Bastidores de um Gibi", destinado a ensinar o sistema utilizado pelas grandes editoras na produção de uma revista em quadrinhos.
Em 16 de agosto de 2003, o autor lançou "100 Anos de Western" e, no dia 6 de dezembro, "Curiosidades do Western", seu segundo livro, ambos com o selo da Ópera Graphica Editora.
Em
janeiro de 2004, Primaggio começou a escrever um novo livro (com
lançamento previsto para meados de 2005). Seus planos para esse ano:
ministrar cursos de HQs, Criação de Personagem e Roteiro, em geral;
lançar o, 'postergado', álbum Luciano, pela Via Lettera e lançar um
Álbum reunindo todas as tiras do Dr. Zôo, o Veterinário. Atualmente,
Primaggio está desenvolvendo roteiros para HQs do Gato Bubba, da
Chiclete Adams.
Fonte: Site do Primaggio